
I MOSTRA NACIONAL AUDIOVISUAL ES
É com muita satisfação que a Coordenação Geral do VII COLARTES 2019 vem convidá-lxs a participarem da I Mostra Nacional Audiovisual ES: Há um lugar para a arte?, a ser realizada na cidade de Vitória/ES, de 20 a 22 de agosto, das 19h às 20h30, no Cine Metrópolis, da Universidade Federal do Espírito Santo. A mostra tem o apoio do Cine Metrópolis, Superintendência de Cultura e Comunicação da Universidade Federal do Espírito Santo, GAEU e FUCAM.
Com curadoria de Jessica Dalcolmo e Lindomberto Ferreira Alves, a primeira edição da mostra se constitui e ganha materialidade a partir dos olhares de 28 artistas convidados, atentos ao poder inquietante e provocador que a explosão da obra na vida tem promovido ao fazer artístico na condição histórica do presente. A mostra integra a programação artístico-cultural do VII COLARTES 2019, e em linhas gerais propõe extrapolar as discussões puramente academicistas, acolhendo e incorporando aos eixos estruturantes desta edição do evento, outros espaços para se inquirir sobre a questão peremptória e nada circunstancial: há um lugar para a arte?.
Em sua primeira edição, a Mostra Nacional Audiovisual ES: Há um lugar para a arte? conta com a participação de: Alexandre Sequeira (PA), Amanda Amaral (ES), André Arçari (ES), Cao Guimarães (MG), Castiel Vitorino Brasileiro (ES), Diego Nunes (ES), Erly Vieira Jr (ES), Fernando Ribeiro (PR), Gabriela Caetano (SC), Geovanni Lima (ES), João Victor Coser (ES), Marcos Martins (CE), Marcus Vinícius (ES), Mariana Teixeira Elias (SP), Mavi Veloso (SP), Miro Soares (MG) & Bruno Zorzal (ES), Mônica Nitz (ES), Natália Farias (ES) & Reyan Perovano (ES), Natalie Mirêdia (ES), Paulo Bruscky (PE), Rafael Segatto (ES), Rebeca Ribeiro (ES), Rubiane Maia (ES) & Renata Ferraz (SP), Shima (SP) e Wagner Rossi Campos (MG).
A mostra se constitui como um trampolim para o confronto com a própria experiência estética, em especial a do campo audiovisual, meio profícuo de ampliação e complexificação sobre as múltiplas formas de se discutir a arte na contemporaneidade. Sendo assim, a finalidade é apresentar ao público um pequeno recorte da produção em audiovisual de artistas e pesquisadores com projeções nacional e internacional, que buscam, cada um à sua maneira, não só uma inflexão sobre a nossa atualidade, como, também, uma contestação dos regimes de (in)visibilidade das relações sistêmicas da arte, conduzindo a afirmação de novas dimensões do estético, distintas dos sistemas de valores essencialmente artísticos.
Se o contexto atual, não por acaso, parece ruir a cada dia as bases das instituições de ensino e cultura do país, subentendendo a antítese de que uma sociedade poderia viver sem arte e cultura, a mostra objetiva promover um espaço prolífico de reflexão crítica a partir da complexa rede de experimentações poéticas engendradas por artistas locais e nacionais de nossa época.
Confira abaixo os trabalhos que integram a mostra, e o programa detalhado de suas exibições. Encontra-se disponível para download, também, o catálogo da I Mostra Nacional Audiovisual ES: Há um lugar para a arte?.
Esperamos por vocês!
CATÁLOGO - I MOSTRA NACIONAL AUDIOVISUAL ES: HÁ UM LUGAR PARA A ARTE?

Antes dos Vermes o Clero Inteiro. 8', Vídeo, 2006.
Miro Soares [MG] & Bruno Zorzal [ES]
Uma não-narrativa de coisas quando outras coisas. Antes dos Vermes o Clero Inteiro é um trabalho que se insere no contexto da vídeoarte. Não é uma ficção, nem é um documentário, tampouco apresenta uma narrativa clara. É uma tentativa de construção de novos significados a partir de imagens que não tem relação direta entre si. É nesse sentido que aparece a frase incidental do vídeo, empregada como correspondência: "O mundo era tão recente que muitas coisas careciam de nome e para mencioná-las se precisava apontar com o dedo". A frase é de Gabriel García Márquez e está presente no primeiro parágrafo do clássico Cem Anos de Solidão. O vídeo combina planos de enquadramento exigente com planos tomados ao acaso, por força do momento. Posiciona-se entre as margens da ficção, das ações artísticas e da vida cotidiana. Evoca, com sua estética minimal, um universo singular que se reporta de algum modo à literatura fantástica de escritores sul-americanos como Jorge Luis Borges, Julio Cortázar e Gabriel García Márquez ou do italiano Italo Calvino. O título foi recortado de um diálogo entre os próprios realizadores e corresponde mais à linguagem artística empregada do que ao conteúdo diretamente visível no trabalho.

Sirva-se. 32'44", Videoperformance, 2017.
Geovanni Lima [ES]
O artista, nu, se posiciona em frente a um computador conectado a rede de internet e se oferece ao espectador que o contempla. A ação foi gravada em um site de conversação online que possibilita interação e aperfeiçoamento de idiomas variados. Normalmente, os usuários fogem dessa utilização e criam uma narrativa paralela: exibem corpos esculturais e buscam experiências sexuais online. A contraposição do corpo negro, gordo do performer ao dos demais indivíduos estabelece reações de estranhamento.

A seta do futuro aponta para frente. 3', Vídeo, 2019.
Rafael Segatto [ES]
Ebó para refletir sobre a ideia de movimento a partir do o universo das águas e seu ciclos de marés. A obra tem o intuito de investigar o tempo através de Exu, orixá responsável por dar movimento ao mundo, a partir da transformação de uma imagem fotográfica em um objeto fílmico.

Palavras, Folhas, Alices, Doralices e Marias: delas a cura para estar na cidade. 21'40", Vídeo, 2019.
Rebeca Ribeiro [ES]
Ancestralidade é um fio que conduz ao passado e ao presente fazendo com que os fios da meada soltos se juntem a fazer um manto que é sagrado e que nos acolhe da frieza do mundo. Eu sou por elas que me antecedem. Eu desato os nós, e vasculho fundo uma história que não começa em mim, e que nesse tempo sou a guardiã dessa história no meu corpo, nas minhas ações e vivências em ser uma mulher que é um tanto Alice, Doralice e Maria. Ao pisar na terra que é mãe eu peço licença, ao tocar nas folhas para me curar eu observo o que elas me ensinaram, e só assim continuo o meu percurso para falar com as mulheres que me cercam, o caminho de cura e que aprendi com a terra e com elas. Pelas folhas, rezas, orações, fotos, formas de ser do meu hoje, memórias e outras narrativas, eu acesso o que sou e onde quero chegar. A partir delas, traçar caminhos que são possibilidades de cura nos quais os pés ao pisarem, fazem ecoar pela cidade o que é sagrado. Folhas que lavam concreto, anunciando a limpeza e espalhando no chão os passos de guerreiras. A cidade me cura ou me fere? E onde me fere, como posso ser cura? Voltar ao passado e pegar estratégias de sobrevivência no território, necessárias para pisar devagar e não ter medo do chão, mas sim habitar nele fazendo rastros e pontos para se curar.

ÁDITO. 14'54", Curta Metragem, 2017.

Parede-Malecón. 5'45", Videoperformance, 2016.
EDITORIAL DE AUTODESTRUIÇÃO / PLASTIC FILM. 5'42", Videoperformance, 2015.

Sem título. 14'11", Vídeo, 2015-2018.
Everything imaginable can be dreamed... 7'42", Vídeo, 2012.

Pra casa agora eu vou. 9'23", Falso Doc, 2012.
Erly Vieira Jr [ES]

PLANTA - IMporta.EXporta. 9'45", Videoperformance, 2019.
Wagner Rossi Campos [MG]
Registro de uma intervenção urbana realizada dia 16 de julho de 2019 na cidade de Buenos Aires/Argentina. Por ser uma performance, busco trazer elementos que se relacionam com a minha situação atual de auto exílio, escolhendo um percurso que me leva de um espaço privado e íntimo para um espaço aberto e potente em suas questões políticas e sociais. Carrego comigo, nessa caminhada, plantas dentro de uma mochila. A caminhada tem início em San Telmo, Buenos Aires, bairro com características muito específicas e bem turístico e tradicional, seguindo até a Praça de Mayo, a mais antiga da cidade e cenário de todos os acontecimentos políticos importantes da história da Argentina. Uma caminhada pode ser potencializada como percurso de reflexão sobre o lugar do artista e suas formas de pensar e viver a arte. Neste trabalho, busco contato com as expressões desse sentir estrangeiro, corpo exportado, que caminha errante em seus devaneios e se fixa no território social político, território de corpos vivos e mortos, evidenciando potências clandestinas de vida e arte. As plantas que carrego nas costas, vivas e mortas, são plantas que manifestam esse jogo entre realidades visíveis e invisíveis, assertivas e em queda, buscas infinitas sobre qual lugar pertenço.

Protocolo. 1'45", Vídeo, 2010.
Shima [SP]

Quando Lembrei, voltei. 3'07", Vídeo, 2019.
Castiel Vitorino Brasileiro [ES]
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Voltar para lembrar, lembrar para voltar.

Arte/Pare. 3'06", Intervenção Urbana, 1973.

Passagem. 5'28", Vídeo, 2008.
Gabriela Caetano [SC]

Meu mundo teu. 12'47", Vídeo, 2018.

Minha avó é uma fotografia. 15'30", Documentário, 2018.

Forma geral da experiência. 1', Vídeo, 2019.

Cosmorama Solaris. 6'20", Vídeo, 2016.

ORGANISMO. 2'04", Vídeo, 2014.

EL PINTOR TIRA EL CINE A LA BASURA. 5', Curta-metragem, 2008.

Para Ingmar Bergman, com amor. 5'45", Vídeo, 2015.

A verdade anulada. Abominação é crime cristão. 5'37", Vídeo, 2019.
Bordando a paisagem. 6'11", Videoperformance, 2018.

Sacred (Prayer Lil Mum). 6'39", Vídeo, 2018.

APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS E CULTURAIS

Exposição Arte Ecoternura . Arte Ecossustentável

Grupo "Cantando o Choro" apresenta a arte musical e poética do chorinho brasileiro

Performance "Mulheres que transam"

Instalação Tsuru

Performance "É Oyá Igbalé!!!"

Choro entre amigos

Águas de Nanã

